Rabata – Rabata

by pasmalu

A panaceia da ameaça ao país a partir de do exterior, denunciada pelo interino Serifo Nhamadjo, constitui mais uma inventona dos golpistas para justificar a passagem a uma nova fase da repressão interna dos (ou alegados, mesmo que o não sejam) opositores.

A alegação de uma ameaça externa, agora com novos contornos, pois os golpistas  visam a Guiné-Conakry, quando antes se viraram contra a Gâmbia, onde admitiram que se encontrariam estacionados helicópteros angolanos prontos a atacar se falhasse a inventona de 21 de Outubro (não só esta falhou, porque nunca existiu, como não houve ataque, por que não havia helicópteros angolanos), revela uma intenção de justificação da nova fase da repressão, atribuindo responsabilidade a possíveis apoiantes no interior.

A saída da quase totalidade das tropas de Bissau, há 3 dias, e que ontem regressaram à capital, fez parte da encenação que ocorreu nas matas de Gabu, e passaria como mais uma mera acção dos golpistas, não fosse o caricato que acaba por afectar a população.

A penúria de dinheiros, levou os golpistas interinos a lançarem mão de um novo recurso: os impostos à la minute… Passamos a explicar: qualquer ciclista que seja apanhado a andar pelas ruas da cidade sem matrícula… tem de pagar. Nem os transportadores de mercadorias nos mercado, nos seus pequenos carinhos de mão (tipo de obras) escapam. São obrigados a pagar estes impostos, senão ficam com a respectiva “viatura” confiscada.

Nota: a atribuição a elementos do MFDC de um alegado ataque na aldeia de Simbandi parece, segundo fontes bem informadas, inserir-se nesta estratégia de encenação, tendo também o objectivo de culpabilizar um grupo étnico concreto e permitir à tropa senegalesa caçar os rebeldes da Casamança a partir do território nacional.